29 maio, 2007

Amor-imperfeito: Antonio Miranda Fernandes.

A jardineira com amores-perfeitos de diversas cores,
(Flores coloridas pelas tintas da paleta do artista)
Fez-me refletir na utopia que todos procuramos,
Apesar de sabermos que ele é apenas isso: utopia.
O amor não perfeito: é assim que eu me sinto dele.
É assim que eu o quero porque acho que fica melhor.
O amor não perfeito com seus valores próprios, e o
Respeito, sem dúvida, vem antes de todos os outros.

Sabermos tomar consideração sem causar danos,
Faz com que amor não perfeito seja quase o oposto.
Faz com que recebamos com alegria os carinhos que
Nos são doados. Seja uma palavra, seja um cuidado.
Dizer no momento o que se pensa e jamais ter algo
Para se jogar na cara a não ser o contentamento...
O beijo de sorriso interrompido. O som da liberdade...
Menos as insinuações provocativas e destruidoras.
São segredos que parecem pequenos, mas básicos
Para que uma relação dure além do tempo que duram
Os “amores perfeitos” que se arrastam e se agridem.

O saber-se amado é que nos dá tranqüilidade à alma
Nunca antes sentida, porém não podemos esquecer
De termos para dar valores iguais aos que ansiamos.
Deixemos o amor passar pelo mistério da paixão,
Desejo, carinho e vontade de estar amor não perfeito.
Aceitemos o enorme desafio de mantê-lo amor acima
De tudo. Esse é o grande desafio que a vida nos dá.
Porque tê-lo é relativamente fácil, difícil é conservá-lo...
Ainda mais por não ser o amor tido como perfeito.
E por ser amor possível é assim que o devemos ter:
Verdadeiro...enquanto dure.

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