23 agosto, 2011

Foi assim.


Simples assim. Ontem estávamos aqui. Hoje você não está mais. Uma sensação inexplicável de vazio, uma ausência sem graça, um monte de lembranças. No final das contas é só o que fica. Sem nenhuma explicação.

Um atordoamento toma conta e a gente fica sem saber direito se é verdade. É, não dá mesmo para acreditar. Até porque não é justo.

Tantas coisas por fazer, desde as mais simples às mais complexas. Tantos planos. Todos perdidos no impossível. Nos vemos totalmente impotentes e então percebemos como somos pequenos e frágeis.

O tempo passa a contar de modo diferente e a gente perde a noção de quando ou como aconteceu. As lembranças se confundem e se misturam. Grandes hiatos e boas lembranças. Parece um filme que vimos a muito tempo e não lembramos direito. A não ser do final.

Quando paramos para pensar, anos se passaram e a sua história parou naquele dia. Meus capítulos continuaram inevitavelmente. O quê ficou? Lembranças confusas, saudade, vazio. A sua história acabou. Uma boa história. Quase sempre. Mas isso importa? O quê realmente importa agora? Difícil dizer.

Continuamos nosso caminho, com a certeza de que nada será de novo do mesmo jeito. Não somos mais os mesmos. Um pouco de nós ficou para trás também.
Leva um certo tempo para assimilar, um tempo maior ainda para aceitar e quem sabe parar de doer. O tempo passa a ser nosso lancinante aliado, ajudando a curar nossas feridas. Dolorosas horas, intermináveis dias, noites insones, semanas sem razão, meses de normal apatia e os anos passam lentos. O tempo continua sua marcha implacável e impiedosa. Sempre.

...Um mês sem Amy Winehouse