15 maio, 2008

Minuto Poético

De muito de manhã cedo de ar e luz
Olho para fora de mim pela minha janela
E busco nas coisas simples que pairam por aí
Em tempo e espaço dançarinos
O halo inspirador
Digo poesia do verde de uma sebe e do jasmim
Digo do cinzento do dia e da chuva persistente
De fora de mim vem todo um mundo de poesia
Se me virar entretanto de costas para mim
Fico desse outro lado que sinto e sinto então
Pela janela de mim
O mundo outro que sou eu
Tento olhar-me e sentir-me
Também aí está fábrica de poesia
Muita diversa colorida ou não
Fora dentro fora
Afinal apenas uma janela entreaberta
Por onde vai e vem
Uma qualquer alma alimentada
De anonimato
- instáveis estas janelas de mim.

Poesia encontrada na janela: Anomalias.

Nenhum comentário: