19 setembro, 2007

Frase do dia:

"As relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar".
Friedrich Nietzsche
Filósofo alemão, 1844-1900.

06 setembro, 2007

Onde está o Wally?

Você se lembra do famoso Wally?

"Onde Está o Wally?" é um livro infanto-juvenil escrito por Martin Handford.

Ele se trata de um livro com o objetivo de encontrar o Wally em suas páginas, além de procurar o Wally existe uma lista de objetos para os leitores procurarem.

Para saber mais sobre o Wally (que em inglês é conhecido como Waldo) acesse o blog: http://www.ondeestaowally.blogger.com.br/

Existe um site, onde você pode passar o tempo procurando o rapazinho: http://whereswaldo.com/

05 setembro, 2007

04 setembro, 2007

Autoria de textos.

Para quem navega pela internet é comum encontrar textos atribuídos a Luis Fernando Veríssimo, Arnaldo Jabor, Arthur da Távola (esse é demais!), Vinícius de Morais, Fernando Pessoa, etc. Na maioria dos casos, esses textos são povoados de erros obscenos e com uma linguagem bem diferente da que os autores citados usariam. Tem ainda aqueles em que se determina simplesmente que o autor é desconhecido.

A internet tem dessas coisas. Muitas bobagens deturpam os textos alheios e se multiplicam como vírus. Na era da massificação da ignorância, os inocentes idiotas não se contentam em assassinar a nossa língua escrevendo "axim dsse gito" bem autêntico. Se você se irrita com esse tipo de coisa, e gostaria de saber de quem é determinado texto que circula pela internet, acesse o blog Autor Desconhecido. Quem sabe o texto que você procura está lá. E ainda mais, veja os absurdos que se encontra por aí e o texto original - com o seu devido autor.

Sentir-se amado - Martha Medeiros.

O cara diz que te ama, então tá. Ele te ama.

Sua mulher diz que te ama, então assunto encerrado.

Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas. Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de milhas, um espaço enorme para a angústia instalar-se.

A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e verbalização, apesar de não sonharmos com outra coisa: se o cara beija, transa e diz que me ama, tenha a santa paciência, vou querer que ele faça pacto de sangue também?

Pactos. Acho que é isso. Não de sangue nem de nada que se possa ver e tocar. É um pacto silencioso que tem a força de manter as coisas enraizadas, um pacto de eternidade, mesmo que o destino um dia venha a dividir o caminho dos dois.

Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que sugere caminhos para melhorar, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você, caso você esteja delirando. "Não seja tão severa consigo mesma, relaxe um pouco. Vou te trazer um cálice de vinho".

Sentir-se amado é ver que ela lembra de coisas que você contou dois anos atrás, é vê-la tentar reconciliar você com seu pai, é ver como ela fica triste quando você está triste e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d´água. "Lembra que quando eu passei por isso você disse que eu estava dramatizando? Então, chegou sua vez de simplificar as coisas. Vem aqui, tira este sapato."

Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta.

Agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo.

03 setembro, 2007


Uns, com os olhos postos no passado,
Vêem o que não vêem: outros, fitos
Os mesmos olhos no futuro, vêem
O que não pode ver-se.

Por que tão longe ir pôr o que está perto -
A segurança nossa? Este é o dia,
Esta é a hora, este o momento, isto
É quem somos, e é tudo.

Perene flui a interminável hora
Que nos confessa nulos. No mesmo hausto
Em que vivemos, morreremos. Colhe
o dia, porque és ele.

Fernando Pessoa
(1888-1935)